MORTE DE UM AMOR EGOCÊNTRICO
Sobrevive-te
sem minhas faustas
senciências
– imperfeitas,
vesanas,
cernientes –;
congela
o tempo passado
e o deixa lá
– quieto,
quebrado,
silente –;
e conforma-te
com minha eterna
ausência
– em sombras
e dores
que incautamente
nos escolhemos –;
enterras-te, enfim,
com o que não te fora dado
sob tuas chuvas
torrentes;
que, de mim,
já aceitei a morte das asas,
que nos impuseste por
estrangulamento.
sem minhas faustas
senciências
– imperfeitas,
vesanas,
cernientes –;
congela
o tempo passado
e o deixa lá
– quieto,
quebrado,
silente –;
e conforma-te
com minha eterna
ausência
– em sombras
e dores
que incautamente
nos escolhemos –;
enterras-te, enfim,
com o que não te fora dado
sob tuas chuvas
torrentes;
que, de mim,
já aceitei a morte das asas,
que nos impuseste por
estrangulamento.
Péricles Alves de Oliveira