MORTE DE UM AMOR EGOCÊNTRICO
 
Sobrevive-te
sem minhas faustas
senciências

– imperfeitas,
vesanas,
cernientes –;

congela
o tempo passado
e o deixa lá

– quieto,
quebrado,
silente –;

e conforma-te
com minha eterna
ausência

– em sombras
e dores
que incautamente
nos escolhemos –;

enterras-te, enfim,
com o que não te fora dado
sob tuas chuvas
torrentes;

que, de mim,
já aceitei a morte das asas,
que nos impuseste por
estrangulamento.

Péricles Alves de Oliveira
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 13/04/2014
Reeditado em 13/04/2014
Código do texto: T4767175
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