DESPREZÍVEIS MANIAS
Nem todos, mas grande parte de
todos nós nos iludimos com as
lisonjas contidas nos meandros
que possui o amor.
Dos que são contaminados uns levantam-se
de pronto, e com o passar de algum tempo
candidatam-se ao contagio do sentimento
para desfilar arrasado do mesmo jeito...
Outros consideram que depois que a
flor morre seu perfume desaparece,
nada tem mais brilho e com tudo isso
a magnitude aparente esquiva-se furtivamente...
A forma da reflexão pertence a cada um,
mas atentem não se tem a impressão que
o alcançado não envelhece mais depressa e
pela falta de fé, deixa de ver a beleza que
ainda existe e aos poucos vai morrendo
sem mais sonhar com a existência?
Aconteça o que acontecer a plenitude
da vida não proíbe ouvir ao longe uma
flauta ou um violoncelo que chora, julgamos
a vida ilusória, mas somos nós que
vivemos com nossas eternas e desprezíveis manias...