ANIMISMO
ANIMISMO
Em momentos que a alma se desprende,
E se expande no formato de ontem...
Ou de outro dia qualquer...
Mas que insiste em gritar por meu nome,
E lá atrás quando ainda vejo as cores do inferno,
Ouço canções que nunca me mataram,
Não que eu soubesse.
E muito eu sei e soube sobre ontem...
Sempre odiei despedidas,
Por isso ainda carrego malas.
Com ecos e cores dos seus olhos,
E do seu cheiro.
Que me entorpeceu um dia,
E também uma noite...
E os temporais,
Que varreram praias, montes e sonhos,
Sempre acinzentados,
E restos de cinza.
De cada um dos cigarros que me mataram.
E lágrimas que cristalizaram as dores,
E sangue que sufocou meus pecados...
Mas isso tudo é passado...
Um pretérito do futuro.
Sérgio Ildefonso
13.04.2014