Carta de Papel Crepom

Dos lábios alquimia,

O aroma de dor, de fulgor

A cada afago pelo estreito

De se iludir, de se sonhar,

Quimeras, eras, déjà vu

Em plenitude, em devaneios!

Na carta em papel crepom

O corpo descrito, a alma desvendada

Pelos mistérios de uma noite brilhante

Como a boca vestida em rubi,

Mensuram-se as peles!

Na palavra escrita, clímax,

Na palavra calada o tempo

De pecar longe do pecado,

Entre o surreal e o surreal

De todo um viver d’um amor!

Em toda e qualquer poesia

O caminho é das pétalas, do perfume!

10/04/2014

Porto Alegre - RS