AVENIDAS DA VIDA
Parei em uma das
avenidas da vida,
para ver se encontrava
alguém que me ensinou
a primazia do amor.
Encontrei uma infinidade
de pessoas,
uns amigos, outros não,
mas, quem queria não encontrei.
Ninguém me transmitiu notícias,
além dos sorrisos maliciosos,
insinuando que eu estava só,
e, não mais amado.
Estive em lugares prazenteiros,
e, em todos eles,
deparei-me
com a desabrida ausência.
Não sei onde essa
procura me levará, não sei o que, ou,
com quem vou me encontrar,
quiçá,
nem comigo mesmo possa contar.
Até agora,
apenas caminhar insólito, só
o cansaço refestela-se,
contrariando o desejo de encontrá-la.
Esgotaram-se todas as forças,
vejo-me só,
em meio a uma multidão,
que propaga gesto desalentagador,
aumentando meu estado agonizado,
meu estado de dor.