AVENIDAS DA VIDA

Parei em uma das

avenidas da vida,

para ver se encontrava

alguém que me ensinou

a primazia do amor.

Encontrei uma infinidade

de pessoas,

uns amigos, outros não,

mas, quem queria não encontrei.

Ninguém me transmitiu notícias,

além dos sorrisos maliciosos,

insinuando que eu estava só,

e, não mais amado.

Estive em lugares prazenteiros,

e, em todos eles,

deparei-me

com a desabrida ausência.

Não sei onde essa

procura me levará, não sei o que, ou,

com quem vou me encontrar,

quiçá,

nem comigo mesmo possa contar.

Até agora,

apenas caminhar insólito, só

o cansaço refestela-se,

contrariando o desejo de encontrá-la.

Esgotaram-se todas as forças,

vejo-me só,

em meio a uma multidão,

que propaga gesto desalentagador,

aumentando meu estado agonizado,

meu estado de dor.

Wil
Enviado por Wil em 04/09/2005
Código do texto: T47626