Odeio
Odeio teu sorriso, odeio teu olhar,
Odeio tua maneira de pensar.
Odeio esse dia, odeio esse lugar,
Odeio os que param pra me olhar.
Odeio perder meu tempo quando me faz pensar
E até mesmo descobrir que,
Se falasse sua lingua não faria você se tocar.
Acordei pensando na tua inutulidade,
Decretei sentença de banição do meu espaço
E vou acreditar que a terra agora tem quatro lados
Para impedir, que nas voltas, você escorregue até a mim.
O que eu faço se odeio tua voz?
Odeio ter que te encontrar,
Odeio não precisar adivinhar que você não tá nem aí,
Odeio esperar de mim, quando quero aprender,
Odeio ainda o que sinto quando te percebo me perceber,
Odeio o modo como se faz presente sem ter nada a dizer.
Odeio o medo besta de não descartar coisas que me encomodam
Ou fingir acreditar qua tudo é lindo,
Sem algo ter feito só pra contrariar.
Chega!
Desprezível porta, que por fechada,
Jogaram a chave fora e foi enterrada,
Como a insignificância,
A ânsia da acomodação em parecer inocente
Deante de tudo se faz impotente.
A chave desta porta não me interessa encontrar,
Ela a nenhum lugar me levará.
Eu odeio contastar, concordar, afirma que,
Definitivamente se nascesse sete vezes não seria suficiente,
Para transformar uma dor em flor e
Se fizesse brotar algo novo, difente, ai dentro de repente,
Se fizesse a...Diferença.
Odeio ter que te odiar e por motivos justos que,
Levam-me a enumerar...
Não consegui fazer o que sinto minimizar,
Eu me odeio, por não te odiar.