Louco sonho.
Eu debulhei uma flor:
Arranquei-a da natureza,
quebrei os seus espinhos,
amassei o seu caule,
separei pétala por pétala
e joguei o que sobrou fora.
Os meus passos,
também foram me decompondo.
Chorei arrependido,
olhei para trás
me sentindo um assassino.
Vi no ar a essência daquela flor,
percebi que uma mulher
devendo o seu amor,
não pode ficar sem a beleza da flor.
Regressei o tempo
na fantasia do momento,
se sonhei lamento,
pois se acordado,
jamais serei impróprio.
Tudo pode acontecer...
Para tentar desfigurar
o amor do poeta.
Mas, a poesia é tão forte
que à tudo restaura,
mesmo revoltado,
eu só estava sonhando.
A flor é o símbolo máximo
do poeta sonhador,
que num jardim,
entregou a sua dor.