Louco sonho.

Eu debulhei uma flor:

Arranquei-a da natureza,

quebrei os seus espinhos,

amassei o seu caule,

separei pétala por pétala

e joguei o que sobrou fora.

Os meus passos,

também foram me decompondo.

Chorei arrependido,

olhei para trás

me sentindo um assassino.

Vi no ar a essência daquela flor,

percebi que uma mulher

devendo o seu amor,

não pode ficar sem a beleza da flor.

Regressei o tempo

na fantasia do momento,

se sonhei lamento,

pois se acordado,

jamais serei impróprio.

Tudo pode acontecer...

Para tentar desfigurar

o amor do poeta.

Mas, a poesia é tão forte

que à tudo restaura,

mesmo revoltado,

eu só estava sonhando.

A flor é o símbolo máximo

do poeta sonhador,

que num jardim,

entregou a sua dor.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 05/05/2007
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