Dores do Sentir
Surreal como as estrelas
N’uma noite de breu
Pintado poesia sobre o chão de giz,
Sobre o corpo de camisola,
De pranto sereno, de beijos muito loucos!
Sem meios termos
Ou meios versos, a obra arte
Sublimada do âmago, da sutileza
Do silêncio imprimindo-se pela dor
Que não dói, irradia-se!
Feito belas cidadelas
Palavra calada desabrocha,
Despontado pelos confins dos afins,
Afinal é amor de todo poema,
De todo soneto, de todo sentindo de amar!
A lua não veio,
Mas a sonata se compôs em linhas,
Em entrelinhas, em apegos, em apelos
De marés nunca dantes altas,
Por fim o amanhecer de sentir!
06/04/2014
Porto Alegre - RS