O QUE UM AFETO É CAPAZ!
E o fim, aproveitando-se de algumas
asneiras, chegou mais cedo do que se
pensava. Entrou sem pedir licença, acomodou-se
e impôs suas mudanças...
Não foi surpresa em tudo aquilo que ocorreu,
foi tão visível o desinteresse
que o próprio sentimento não resistiu.
Não lamento o que ocorreu, apenas revejo
o fim porque ele foi aceito e determinou suas
extremidades. Não fui eu que quis assim e nem fui
eu que pôs fogo no estopim...
Mas fui eu que suportei a forma
como vinha vivendo, constantes temores
por perceber ao meu redor a desenvoltura
do desapego que sempre existiu.
Não me arrependo do que aconteceu e
nem do que fiz, dei o que tinha para dar,
pelo menos deixei para ser lembrado
do que um afeto é capaz...
Não fui eu que incitei a contradição...