Seus Braços

Seus braços, quando os vejo, cobertos pela caxemira branca.

São dois sóis de alvura translúcida, ofuscando o azul da vaga.

Escondidos pela dobradura da manga que os oscula,

Vejo-os nus, vejo-os todo em meu pensamento pueril.

Seus braços, ornados por Deus de grandes atributos,

Invejam os que lhe rendem cultos e atraem bravos apaixonados

Que nas salas ao rodopiar da dança, roçam-se na pele branca,

Para apenas sentir em suspiros, o ardor suave do seu contato.

Seus braços, e que braços!

Quando abraçam de leve a espádua do cavalheiro

Ou quando enlaçam as mangas das casacas,

Não são menos formosos...

Seus braços, a ornarem meus pensamentos mais ditosos,

Onde eu, cavaleiro andante, retorno ao regaço amado,

Ansiando, morto por ter-te minha, abraçada,

Enlaçando meu corpo com seus braços tão sonhados.

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 05/04/2014
Reeditado em 06/03/2016
Código do texto: T4756882
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