Sem Volta
Seu pensamento se perde,
Seu olhar estremece,
A voz arranha,
E me fita, logo em breve me estranha.
E quanto mais eu me entrego,
A esse sentimento que não nego,
E você se cala,
De repente eu entendo tudo sem ao menos uma palavra.
Já não me cabe o comentário,
Um vazio no meu corpo que já não aceita desoladores cigarros,
Reparo as gotas de chuva namorando o seu jardim,
Para que guardas chuvas se instalaste um para raio contra mim.
Mudamente a caminho da porta,
Fecho o portão com todo o cuidado, já sei que não terá mais volta.
Assim eu vou embora,
Sem volta, sou eu pela vida, da candura que se desbota.