Bebo da taça de teus versos

Bebo da taça de teus versos

como se fosse de tua boca.

Baco embriagando a Bacante.

Nas entrelinhas do poema

o Mestre Dissoluto tece o

discurso da sedução e na

linha imaginária do desejo

revela o que diz outros sentidos.

Metáforas são costuradas

no enredo que pouco a pouco é

construído nesse palco

onde Bacante e Mestre

encenam fantasias.

Duas vidas cujas identidades

permanecem encerradas

em alguma Caixa de Pandora

ou mesmo entrelaçadas no

labirinto de fantasias e afins.

O silêncio perpassa o tempo

e vai despertando a

palavra rasgada, inflamada,

que preenche de versos

cada sentimento disperso.

Enquanto a Bacante bebe

da taça dos versos escritos

pelo Metre Dissoluto

o mesmo tempo destrava as

possibilidades e em cada

segundo a espera torna-se

insano tormento.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 02/04/2014
Código do texto: T4753741
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