BEIRA DO CAMINHO


Sem expectativas, emoções revivem lembranças
Equivalentes ao mundo das ilusões na beira do
Caminho, surgindo um vulto de alguém cansado,
Buscando a beira do caminho de terreno árido,
Íngreme, pois requer esforço da criatura ofegante.

Algo nas mãos sem saudades dos transeuntes
A beira do caminho, como uma força estranha leva
Amores do nada ou tudo, revoltos do que se foi.
Sonhos de poeta nos países distantes engrandecem
Com hombridade marcas sem rastrear informes.

Veem-se cabelos grisalhos como charmes maturam.
Quase idolatrado a beira do caminho fecha olhos
Como se não quisesse ver o tempo passar na ilusão.
Sente-se falta do carinho generoso abrasador,
Costumeiro na calada da hora incerta, chegada.

Mistérios desencontros fugidios despersonalizam.
Amor sem amor fragiliza, desorganiza coração.
Por esse mundo a fora a beira do caminho,
Ventos empoeirados sujam seres sem razão.
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 31/03/2014
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