Uma Noite de Amor, Outono

Em silêncios, a noite despertou,

O dia se foi no crepúsculo, e a brisa,

Trouxe em palavras sentires

Em raio de luar, notas de cantar,

Mãos de acariciar, ecos para flutuar

Pelo ar, pelo mar, sobre a alvura dos lençóis

Onde há um cedro de pétalas, de rosas vermelhas

Como os lábios pintados de batom!

Por verbos gentis a fio

Encaminhou-se à madrugada

De espelhos, de apelos, de desejos

Expandindo-se pelo peito, pelos seios,

Por juras de alma e um poema

Que se escreve em velos, em segredos

Belos e etéreos como um violino

N’um Adágio de Bach!

Em melodias sussurrantes

A lua se foi, a alvorada se fez manhã

De sorrisos, de prantos idílios, de olhares

Para um lirismo singular entoando da fantasia

Baluartes da comunhão, da paixão

De pele, de corpo e aura de divagar

Como o amor mesclando-se com o amar!

28/03/2014

Porto Alegre - RS