MEU CORAÇÃO
No lusco-fusco minhas pálpebras
declinam em total silêncio
E a mente vaga em eternos dias felizes
Onde o tempo para,
Onde as aves cantam teu hino de liberdade e alegria,
Onde corações se amam com sinceridade.
E no despertar do amanhecer
Vejo o orvalho pairar sobre a relva.
Sinto o cheiro da terra molhada.
E quando o sol desponta vejo pessoas a correr,
Ouço crianças a chorar,
Vejo a vida lá fora.
Corações sem amor
Batem à porta e entram
Em corações felizes,
E na magia da maldade
Reluz o ouro e em frações de segundos
Os seres deixam de ser seres,
Os pássaros não cantam teu hino,
A mente para e se escraviza,
O amor desintegra,
A liberdade aprisiona,
A alegria entristece,
A sinceridade desintegra,
O orvalho já não paira e a terra resseca.
E a vida?!.....E o ser?!...E a fé?!...
A escuridão, os tropeços, a incerteza...
Senhor! Dai-nos a luz e reabilite os corações.