MEU CORAÇÃO

No lusco-fusco minhas pálpebras

declinam em total silêncio

E a mente vaga em eternos dias felizes

Onde o tempo para,

Onde as aves cantam teu hino de liberdade e alegria,

Onde corações se amam com sinceridade.

E no despertar do amanhecer

Vejo o orvalho pairar sobre a relva.

Sinto o cheiro da terra molhada.

E quando o sol desponta vejo pessoas a correr,

Ouço crianças a chorar,

Vejo a vida lá fora.

Corações sem amor

Batem à porta e entram

Em corações felizes,

E na magia da maldade

Reluz o ouro e em frações de segundos

Os seres deixam de ser seres,

Os pássaros não cantam teu hino,

A mente para e se escraviza,

O amor desintegra,

A liberdade aprisiona,

A alegria entristece,

A sinceridade desintegra,

O orvalho já não paira e a terra resseca.

E a vida?!.....E o ser?!...E a fé?!...

A escuridão, os tropeços, a incerteza...

Senhor! Dai-nos a luz e reabilite os corações.

Armando Herculano
Enviado por Armando Herculano em 27/03/2014
Reeditado em 09/09/2017
Código do texto: T4746321
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