AO SOM DO CORAÇÃO...
Ando lado a lado com um inimigo
Imprevisível conduz-me por solos áridos
Brisa leve momentânea a refrescar a fronte
Tremor a ritmar os passos
Açoita os sonhos
Encarcera os alívios
Na boca uma pontinha de querer
Se mais ou não
Dele não desfaço
Colado em mim
Protótipo imposto
Quero-o fora de mim
Aberração tê-lo
Dono de mim dita as regras
Não há lei em seu domínio
Bandoleiro de mim
Sangro eternamente
A cada sentir um som
Demência diagnosticável
Um campo de flores avistado
Caminhar lento,solo fértil,passos pesados
O inimigo sorri de ( para ) mim
Ecoam últimas batidas
Da ausência a dor na caminhada
Nas pegadas o pulsar do coração
Pelo caminho as lágrimas