Olhos à vista do tempo
Os olhos têm sabor especial
À lembrança venturosa
Muitos perdem na vida...
A memória... Enfraquecida cede
Surge escasso registro.
O tempo não esconde
Da lembrança o passado
As histórias em quadrinhos
Evidenciam recordações gratas...
No retrato ao lado sou bonito
Não deixa o passado escondido.
A falta de imaginação
Leva burilar, acomodar
A vivência de uma existência.
Por mais nobre, sincera
Sensata seja uma atitude
A cabeça predomina, assume
Comanda o espetáculo galante
Que seja alto, afinado, compassado...
Os olhos não devem ser
Diferentes do coração.
Músculo enraizado de pureza
Não pode ser vitimado...
A sensibilidade assistida
Derrota qualquer vista impune.
O tempo deixa marcas inquestionáveis
As boas, para serem lembradas
Esquecidas ou merecem reparos
Quando adversas... De pouca luz.