Quero te empurrar no lago!
Queria tanto te empurrar dentro daquela água
E ver-te molhada, lavando a sua mágoa
Brava, vestido preto e sandálias
Tirando tudo, toda aquela parafernália
Tiraria também a sua mão da cintura
Para que tanto charme criatura?
O seu sorriso encantador, também todo molhado
Para que eu ficasse ali, rindo e parado
E depois toda molhada, eu beijaria a tua boca
E você rindo patética, meia sem graça, te deixando louca
E te ajudaria a despir-se, “para não pegar resfriado”
Ficaríamos ali, rindo que nem dois apaixonados
Veria então por entre as suas roupas, com toda a calma
A marca do teu corpo, tuas coxas grossas, até a sua alma
Para que juntos explodíssemos de amor a noite inteira
Saciando o nosso desejo, não dando tempo nem à saideira