A cabeça não pode se conter com apenas uma razão
Cada saudade sentida
É uma fonte de prazer
Mesmo moída, sofrida, gostosa.
A cabeça não pode se conter
Apenas com o quociente, a razão
“sentimental eu sou demais”: cante essa canção.
A cada passo dado
A andança encurta
Chega-se mais próximo
O objetivo a ser alcançado
Atingirá, se a cabeça desabrochar.
O tempo quase parado
Quando pressente, rápido já se foi.
A saudade marca presença
No coração animado, triste, desafiado.
A beleza dos olhos invoca a presença
E encanta a vontade de tê-la juntos
E domina meu coração, ferozmente.
Minha cabeça peca
Conscientemente, pelo domínio
De um só pensamento.
Não me recordo de estalo
De nada que não seja você
Até nos meus sonhos
Cabe sabidamente, esticados...
Num domínio me leva a pensar
Que sou um felizardo
Independente do fado
Carregado no coração.
Cada saudade
É uma fonte de prazer
Mesmo moída, sofrida, gostosa.