Silêncio
Silêncio.
Saudades, que muito dizem não sentir;
Saudade do tempo da inocência sem maldade da pureza das brincadeiras de criança, de pega-pega e pique esconde barra manteiga, brincadeiras de rodas, boca de formo, de jogar bolinho de godê, sabãozinho, jogar pião extraído da madeira da goiabeira fazer tocar com a fiada feita de cordão tecido na roda de fiar da mamãe encerada com cera do mel de abelha, e das peladas de futebol nas ruas de pedras cobertas da terra batida, época que chorava para não ir à escola, saudades de sentir o arrepio de medo do primeiro beijo em especial aquele que beijo roubado, saudades de caminhar pela estrada de mãos dadas com os pais e os irmãos mais velhos do lado, a vida seguindo teu curso natural e a inocência, seguindo atrás há passos largos, saudades da doçura e da inocência da vida, do passado, presente e futuro sem medo de sentir saudades de todos os mesmos medo.
Saudades, que todos dizem não sentir, saudades de dizer que senti medo de traduzir o sentimento denominado saudades.
Saudades de sentir-se humano nas horas mais banais, sentindo saudades da doçura da vida e de brincar com a própria historia, nos momentos mais sensatos do ser, saudades de ser criança, alimentando há meiguice da criança interior que todos sente, saudades sentimento imortal que quase todos os humanos dizem racionais, porem sentem a maior vergonha de si mesmo por seres tão irracionais com a própria saudade, seres tão frágeis e sonhadores, que nas suas melancolias tens medos de sentir-se gente e deixar a criança interior que existi dentro de cada ser, vive além da vida, além do ser, além da razão , alem do amor humano da vida, amor incondicional que vive além desta e de outras vidas, descrevendo a linha humana nos caminhos da vida, denominando a palavra saudade, que nem todas as frases juntas de nosso alfabeto e capaz de descrever quanto e belo sentir saudade, palavra indescritível do sentimento de amor, e da humildade na linha da vida.Na estrada da existência humana, muitas vidas dentro de uma única vida,pulsando e vivendo no mesmo caminho, no peito o coração ardente sinto frio e calor mas também doente, de amor por amar o prazer de ser, embriagando há cada novo instante pela beleza rígida e vivida em muitas vidas, sentindo saudades de ser e de viver o prazer de ser contrito no corpo e também aprisionando a alma na mente amando sem saber a beleza da amada alma, por ter e sentir-se tanto medo desta e também de outras vidas, sentindo tamanha saudades de uma infância distante, da puberdade da adolescência , sentindo vergonha de ser adulto, porem querendo e dizendo que ira contemplar a almejada velhice. Um beijo na saudade que escorre na face transbordando o sentimento de amar a caridade da lagrima que brilha no rosto amado do ser.
Nute do Quara 24/03/14