Engenhos do Cálice
Vida longa ao engenho das flores
Florindo campos, perfumando momentos,
Colorindo e brindando o viver, ah o viver
Do passo a passo, do sonho ontem
Guardado em uma gaveta, hoje sonhando!
Ali, sobre a mesa,
A rosa vermelha, uma taça de vinho,
Instrumentos à poesia já pairando
Em enredos, sem medos, morangos
Aos lábios, beijos ao anoitecer!
Do inconsciente a palavra nobre,
O mistério guiando-se pelo flamar
Metódico das mãos à flor da pele,
À flor do luar alumiando o desejo,
O fulgor despertando-se, anelando-se!
Vida longa ao engenho das letras,
Do bem-amar, do bem-amor!
Assim como a noite caminha,
Unissem-se os elementos, a magia
Da fantasia eleita, reeleita, única
Ao bordo do encouraçado botequim,
Flutuando suave como ave sob o mar!
21/03/2014
Porto Alegre - RS