DONA DO MUNDO
O mundo dorme...
Sono letárgico...
Insone, derrubo todas as trincheiras...
Aro os campos...
Semeio flores...
Nem aí, se existe alguém, que não aprecia as margaridas...
Gosto da vida...
Semeio belezas...
Sou a dona do mundo enquanto todos dormem...
Tomo um porre de alegria...
Não sou maldosa e nem pia...
Em ninguém, preciso pensar...
Com ninguém, preciso lutar...
Nada, eu preciso provar...
Olho as estrelas no céu...
O véu da noite que aconchega a paz...
Contemplo a infinitude...
Cantiga do silêncio a me ninar,
Sugere-me teus olhos...
Quem dera tomar-te pelas mãos e bailar...