DONA DO MUNDO

O mundo dorme...

Sono letárgico...

Insone, derrubo todas as trincheiras...

Aro os campos...

Semeio flores...

Nem aí, se existe alguém, que não aprecia as margaridas...

Gosto da vida...

Semeio belezas...

Sou a dona do mundo enquanto todos dormem...

Tomo um porre de alegria...

Não sou maldosa e nem pia...

Em ninguém, preciso pensar...

Com ninguém, preciso lutar...

Nada, eu preciso provar...

Olho as estrelas no céu...

O véu da noite que aconchega a paz...

Contemplo a infinitude...

Cantiga do silêncio a me ninar,

Sugere-me teus olhos...

Quem dera tomar-te pelas mãos e bailar...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 21/03/2014
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