restos de um castelo de areia

Praia...

Fim de tarde, de verão.

Restos de um castelo de areia.

Que algum menino construiu

Deixando ali como marca

Do dia feliz que ali passou

Sentei-me ao lado, do que restava.

Daquele castelo semi destruído, onde.

A onda mansamente tocava, meus pés.

No vai e vem das marés, arrastando.

Grão após grão, nada deixando.

Uma lágrima, em meu rosto rolou.

Lembrei-me do castelo que construí

Não na praia, mas no meu coração.

Aonde o amor ia, reger minha vida.

Mas tudo foi como este castelo.

Que á água carregou, grão após grão.

Nada deixando para traz, tudo levou..

De repente, a onda se foi.

E deixou de tocar meus pés.

Ficando a distancia como se observasse.

O que eu faria a seguir, eu fiz.

Com minhas mãos, o castelo eu reconstruí.

Num desafio as águas, que calma repousava.

No seu leito, onde embalada ao sabor do brisa.

Que suavemente sopra, em direção ao mar.

Num gesto simbólico, acenei para a água.

E fui embora, ali deixando, meu castelo meu sonho.

E a esperança, de encontrá-los no dia seguinte.

Volnei R. Braga