Minha pueril Fantasia
Como explicar essa sensação de liberdade acorrentada
Esse tremor em todo o meu corpo
Esse frio na espinha que me aquece?
Como entender esse turbilhão de pensamentos que me invadem
Esses traiçoeiros e explícitos gestos que me denunciam?
Os meus olhos tão luzentes fixos em uma só direção,
feito criança a mendigar um carinho.
Como conter esse devaneio que me faz perder o chão?
Como não me aproximar da sua presença feito uma doce brisa,
Não dar um sorriso tímido cheio de intenções,
Fazer-me de ridícula e mesmo assim adorar a situação?
Como não buscar em meus errantes passos por tua sombra,
Imaginar o seu corpo agarrada ao edredom?
Diz-me, como não ser e não ter esse quê de loucura sustentada sem razão?
Como deixar de ser criança e não acreditar em fantasia?