TENHO O DIREITO?
Acordei hoje com uma esperança
De ter algo que há muito tempo
Só me há em lembranças,
De rever o sublime estado,
Ficar por entre nuvens, avoado,
Ou melhor, ser iluminado
Pelo brilho de certas estrelas
Que nunca as vi, eu acho,
Mas, mesmo de longe, podia olhar
E como diria o gênio Bilac,
Eu hei de as escutar
E outros verbos também
Poderei, quem sabe, conjugar
Se a mim for concedido for
O direito de tentar.