Breve Amor

Num desses dias especiais em que o sol está pronto para lhe dar um maravilhoso dia.

Em que os pássaros estão sorrindo.

Ao andar pela rua viu a pessoa amada ao longe.

Foi ao encontro dela e no caminho cruzou uma pequena flor e foi pegá-la.

Estendeu a mão e num leve devaneio começou a imaginar com tamanha realidade algo que sempre desejara:

Viu-se a colher tal bela flor e a entregar nas mãos da amada.

Com palavras ainda mais belas expressou o que de melhor sentia.

Tomou sua mão.

Deu por mente, corpo e confiança conquistadas.

O futuro perfeito, ambos em pleno domínio sobre o outro possuíam-se tal qual o céu vive atado à terra, indissolúveis.

Foi mais bonito que qualquer poesia.

E no auge da perfeição percebeu que uma dor despertava.

A dor de perder para sempre o que D´us com esforço juntara.

Pensou em toda dor que a separação causaria.

E como seria frágil a posse de uma natureza que tão agilmente transmuta.

Do sol que sempre se vai.

Da hora que sempre passa.

Do presente que não cessa em mudar.

E pensar no corte foi uma dor tão intensa que em si mesmo nada mais seccionara.

Tudo em si integrara.

E a dor trouxe de volta ao presente.

E à luz da consciência, o desejo não mais o enganara.

Olhou a flor que a pouco pensou em pegar.

Acariciou suas pétalas e pensou que jamais causaria mal à um ser que mal nenhum lhe causara.

Foi até a pessoa amada, abraçou e agradeceu por ser parte de uma história que segundos atrás mudara.

Hobbert Jász
Enviado por Hobbert Jász em 16/03/2014
Código do texto: T4731331
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