LEMBREI-ME DO MEU AMOR.
De repente, sem que ninguém esperasse,
O céu azul e lindo da cor de uma safira,
Transformou-se em assustadora escuridão.
Meu frágil corpo, às rajadas de vento,quase não suportava.
A chuva, logo chegou forte e torrencial.
Minha roupa estava agarrada ao meu corpo, sovado pela ventania.
Meus sapatos, estavam encharcados, da água da chuva,
e cada vez mais, a água fazia-os mais pesados.
Assustadoramente, cada vez mais o vento rugia,
Pensei que ali mesmo eu pereceria,
mas lembrei que meu amor me esperava.
Ele me esperava ansioso e temeroso,
talvez tivesse até receoso, por isso, precisava chegar.
Depois de tanto sofrimento, avistei meu amor na esquina.
Esperava preocupado, a sua menina.
Quando ele me viu assim toda molhada,
jogou fora a capa e o guarda-chuva.
Abraçou-me ternamente e fomos então,
da procela intermitente, para nossa alcova cheia de amor.
*
Licia Falcão Rodrigues da Silva.