ATÉ QUE AS CHUVAS NOS SEPAREM
O amor ainda resiste
em sonhos nuvens,
embora,
às vezes,
dos incautos amantes,
errantes palavras cortem o ar
como punhais
afiados:
que delas – as nuvens –
o choro não cause,
de tudo,
triste passado,
urge que se façam
noites azuis em sorrisos
rasgados;
danças ao vento
com abraços e beijos
roubados;
e,
do grave verbo,
um esquecimento,
mesmo que
forçado.
Péricles Alves de Oliveira