Pássaro sem asas...
Fica-te sempre por vias de vir,
sempre, me adoeces e não percebes...
Fragela-me meus anseios de ver-te,
sempre certa que nasci pra te olhar...
Não se movas mais!
Finque raízes!
Fica-te assim...
Que testemunhe o pôr do sol,
teu descaso por mim...
Dei mil voltas ...
em volta de minha vida toda
e tu nem sequer saiu do lugar.
Deixas de ser minha religião.
Tu és agora pássaro sem asas
Fogueiras sem brasas..
Sua quietude estatuante
quebra algemas, me liberta.
Cativa de ti?
Nunca mais!