Quem há de saber?
Quem há de saber o destino
que encontrarei pelo caminho
quantos hão de ser os desatinos
sejam grandes ou pequeninos
que farão rebimbalhar os sinos
Quem sabe ao certo, quem sabe
se o amor há de me acompanhar
ou se quando vier não será tarde
como brasa mortiça que arde
negando-me a primazia do par
Quantas léguas ou metros terei
inda a percorrer neste caminho
a voar nas asas dos passarinhos
Será minha sina andar sózinho
ou será o meu amor tal o vinho
que ao envelhecer faz-se rei?