A viagem maluca
O sol queimando o meu rosto
O céu brilhando, brinca e sorrir...
Numa fração de segundos
Nuvens negras, infalíveis
Estampam, desabam de pronto
E sobre mim, lembranças, vão se dissipando
Numa marcha lenta, quase o fim.
O velho encontrado na esquina
Chora o tempo esquecido, distraído…
No seu rosto o delírio, a agonia…
A esperança… ele ainda vive: não morreu.
Você: tão longe e animada
Alegre, satisfeita, feliz
Chora de plena alegria...
De bem com a saudade.
Mulher segura, lá se vai
Com nó na garganta
Disfarça e engana a solidão.
Inefável, não consigo decifrar
A ausência do meu grande amor...
O soluço é a praga da garganta seca…
Mesmo em prantos, o coração se agiganta
Ajuda o peito nesta dor passageira.
A saudade me persegue e atormenta
Fico tonto, não consigo nem pensar.
Essa coisa me deixa louco
E o coração entregue nessa “Viagem maluca”
Porém, deve tem lá, sua razão…
Mulher segura, lá se vai
Escolhe seu douto caminho
Não vacila e não olha pra trás
E me deixa com nó preso na garganta...