Simples assim?
E do nada
Nasce o
Verso
Sem musa
Nem prosa
Reto e certo
Como quem goza.
E do ópio
Surge o óbvio
Que acalma
Que engana
Quem lê
Quem escreve
Sacros versos
De rima mundana
Que chora
Como quem pede
Mas não cede
Na cama.
E do pecado
Nasce o perdão
Que não repara
Vira pro lado
E se entrega em vão
E do amor
Encarna a perfeição
Entre gestos e toques
Corpos em ação
Para enfim juntarem-se
Fazendo o que eram dois
Um só coração...