UM SER VAZIO DE AMOR E TERNURA
Vem para o meus braços, vem
O tempo tem mudado tantas coisas
E o vento tem mudado a direção delas
Venha, me beije pela frente, mas antes,
Me abrace por trás
Você sabe perfeitamente tanto quanto eu,
Que o amor não tem explicação
O desejo muito menos, o que chamamos de tesão
Quero te tocar e te sentir
Tocar o teu rosto com essa barba sempre por fazer
Sei que não usas perfumes,
Mas quero me encostar em teu peito
E sentir o cheiro natural do teu corpo
Quero dedilhar os teus traços
E te desenhar mentalmente
Medir as nossas mãos e cruzar os nossos dedos
Te olhar nos olhos e apenas sorrir
Quero te conhecer um pouco mais
E mais uma vez, sentir o teu gosto
Penso em você e parece que te sei de cor
Sei que o destino nunca nos uniu
E com certeza, nunca o fará
Mas uma força me prende a ti
Sei que não existem caminhos definidos
Ou pré definidos
Mas talvez exista alguma coisa
Que faça sempre lembrar de nós
Para que não se caia no esquecimento
Sei que as minhas palavras ficam perdidas por aí
Sinto a sede dos beijos e a fome do corpo
E o vazio que muitas vezes, surge de repente
E uma interrogação, parada no ar...
Não entendo essa vontade absurda de ser e ter
Só entendo, a dor de uma vida vazia de amor e ternura
E a certeza de um amor que jamais vai chegar
Poetisa Sandra Leone
10.03.14