No Tom da Embriaguez
Oh, cá estou eu
Infindo verso chamado anseio,
Pela cor, pelo estreito
Que cantem os realejos, pois
O mistério do sentimento mostra-se
Também nos silêncios da canção,
Remetendo-se em ecos, pelo imo...
Etéreo!
Sobre a folha alva
Riscos, rabiscos, palavras pausadas,
Pautando assim todo um norte
De esperança d’onde o beijo acontece,
Entontece jurando-se em juras!
Sem meios avessos, embriaguez...
A solidão mesclando-se em doces suspiros,
Idílicos arrepios, esplendores para o luar
Testemunha lírica do corpo desnudo
Sobre o trigal de seda, as velas dão o tom!
Para os ouvidos, sussurros,
Para os lábios o sabor amor!
10/03/2014
Porto Alegre - RS