SOU SUCURI DO PANTANAL

Estou ao chão rastejar!

E deslizando como se fosse cobra venenosa,

Suavemente... E cá almejar...

Uma caça deliciosa...

Ao caminho encontrar!

Assim sou surda... Não posso escutar!

A caça sua presença sentirei,

Pelas vibrações do seu andar!

Analisando cuidadosamente o espreitarei...

O amor é cego... Razão de não ter boa visão!

Mas com meus olhos vou fitar...

Para dentro do meu coração,

Estou à caça a encantar...

Ficará imóvel... Indefesa!

Preparo o bote: “Delícia!” estou a pensar...

Não quero errar, com certeza!

É essa caça que estou a almejar!

E como sou ligeira... Pronto!

Já esta pega! Escape se for capaz!

Em seu corpo já estou a enrolar!

Sinto uma sensação de paz!

E com força estou me entrelaçar...

Em seu corpo, mas não irei esmagar!

Estou apreciar! Estás sem ação...

Apenas farei uma leve constrição!

Não temas presa! Tu foste escolhida!

Dentre tantas caças, minha preferida!

Enrolo e sinto teu calor...

E dos nossos corpos exalam o calor!

Minha língua esta a percorrer,

Seu corpo... Assim estou a sentir...

Teu sabor! Não adianta querer correr...

Não vou jamais permitir...

Minha caça saborosa...

Estou a te possuir...

Não tenho pressa sou vagarosa...

Logo irás pedir...

“- Não pare minha doce sucuri do pantanal!

Suas entrelaçadas não são mal...

Pensei que iria morrer...

E contigo aprendi o que é viver!”

Essa é minha caça... Que nunca vou largar!

Sempre entre minhas escamas

Desta que apenas te amas...

Ficará a gemer ao meu entrelaçar...

Que declaro a ti essa forma de amar...

Expressando com muita sinceridade...

Tu és minha caça-amor de verdade,

Que vivo aqui no pantanal a te esperar!

Venha viver esse amor!

Sem pensar... Sem temor!

Vivo a sonhar...

Em teu corpo entrelaçar!

Não demore, por favor!

Tenho muita fome...

Do teu amor!

Obs.: Sabes que é para ti, que está longe de mim!

KHASSANDRA GREEN
Enviado por KHASSANDRA GREEN em 02/05/2007
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