A VOLTA
Entra, amor, a casa é tua...
deixe lá fora a tristeza,
mas traga o clarão da lua
brilhando no teu olhar,
neles posso ver beleza
e estrelas, a brilhar.
Sente - se, descanse os pés
aqui, nesta almofada,
enquanto passo um café
prá erguer - te, da empreitada.
Tanto esperei - te, com fé!
Hoje voltas, da jornada!
Trazes contigo as histórias
das viagens pelos mares...
enfrentastes tempestades
e o temor de não voltares
segurando na memória
nosso amor, nossos amares...
Fostes náufrago, sofrestes
fome, sede, solidão
mas de mim não esquecestes
pois é meu teu coração
que a mim oferecestes
num clímax de emoção.
Descansa, porque te aguardo
para inteiro te amar,
fazer - te esquecer a dor
no teu corpo deslizar
me entreganto com amor
fazendo - te delirar!
Ah, esse doce sorriso...
quanto dele me lembrei!
Lembranças do paraíso
que só em ti encontrei,
mas partiste, foi preciso,
mas jamais te deixarei!