O Banho

é silenciosa a água quando escorre pelo teu corpo

morna a tua pele

maravilhosa a visão de te olhar

o corpo

colocas o gel na esponja

passas a espuma

fechas os olhos

porque fechas os olhos?

já sei!

para sentires as mãos na passagem pelo teu ser

a revelar a sedução da tua sombra

estás na penumbra do Sol

a porta está aberta

vejo-te a amaciares o cabelo molhado

escorrido escuro longo

a percepção de um piano a tocar no disco da aparelhagem

misturado com um violino vibrante

nas cordas dos teus braços

confundidos nas pernas

num mundo só teu…

juro que só vim a tua casa

para te devolver a tijela emprestada

parei somente para te amar de longe

tocando a minha alma na tua

sorrindo perante o impressionismo do vapor a exalar o espaço

vou-me embora

andando na nuvem do chão alcatifado

sinto-te em mim

quando nos falamos por telefone

e fecho os olhos

para te ouvir no banho…

Isabel Máximo Correia

13 de Abril de 2013

Isabel Máximo Correia
Enviado por Isabel Máximo Correia em 09/03/2014
Código do texto: T4722076
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.