AMAR PARA MIM É...
Ter alguém... pertencer a alguém
e, nesse amor que tudo permite
e admite, sentir que existe uma
dualidade, mas que nunca anule
minha individualidade; é dar e
receber carinho, muito carinho,
exercer a cumplicidade em qualquer
situação, e esquecer de dizer
"Te amo!"...
Não!!
Não aceito o amor que se faz apenas
implícito nas atitudes, quero ouvir
que sou amada, valorizada, admirada...
na cama e fora dela, vinte quatro horas
por dia, porque existo e sinto fora
dela também!!
Tem que haver, antes de tudo,
o respeito mútuo, a lealdade
ao ser amado, viver para ele,
mas jamais em função, dele,
conservarmos nossos "Eus"
intactos de influências aquém.
Amar é clarividência, o adivinhar
o outro antes que ele fale e peça;
o carinho deve ser expresso de
forma espontânea, sem cobranças;
amor não comporta condições de "se..."
"se você for espirituoso ( a )", "se você
for inteligente, "se você for culto ( a )",
"se você for bonito ( a )",
ETC...
ama - se e pronto!!
Amor a gente não busca, nem acha,
nem escolhe: ele nos busca, nos acha e
nos escolhe, se para nos fazer felizes
ou não, é outra história; aí vai
depender de cada comportamento
individual e em conjunto, porque o
amor não permite que se ande em
paralelas, mas de mãos dadas...
Amor é sentimento e emoção
inexplicáveis! É um doce - amargo,
uma miscelânea de sensações
extraordinárias que ninguém
consegue colocar em palavras;
o que se aproxima um pouquinho
dele é a emoção que sentimos
ao criar uma poesia, ao ouvirmos o
riso alegre de uma criança, o
gorgeio dos pássaros ao amanhecer...
É ver o Sol cobrir o dia de dourado,
como se nele derramasse ouro em pó,
vivificando cada dia como se fosse
o primeiro, com sua energia brilhante;
é ver um luar que a gente acredita
estar deixando tudo envolto num véu
argênteo, especialmente para namorarmos...
É o calor que a gente sente quando,
mesmo distante do amado, nosso
coração acelera, o corpo estremece,
a lágrima aflora e a alma dói,
denunciando a saudade imensa...
Amor... amor não se explica...
se sente...
toda palavra é inútil...
os dicionários esqueceram - se ( ? )
de como definí - lo, mas eu não
me importo, o que me importa é
saber, sentir que sem ele não vivo,
sou pétrea, fria, vazia... seja ele
correspondido, aberto, secreto,
ou nenhuma dessas coisas...