Sonha os sonhos do sertão.

Menina, luar do sertão

Sempre a procura de novo espaço...

Mas, como aqui é sua terra

A sua luta é a volta ao começo

Ao recomeço, ao amor saudoso no tempo.

Sonha os sonhos do sertão

Não esquece seus “amores”

Guardados como jóias raras

Insula nos pensamentos... no coração.

E o presente, puro passa tempo: distração.

E seus segredos e mistérios

São confusos... contínuos

E invadem minha cabeça.

Pensa como gente grande

Dar a volta por cima

Assume, de maneira disfarçada

E quando menos se espera

Já está dentro, enclausurada.

É complicada nos seus sonhos

Porém, armazenada com pensamentos esticados

Não se dar conta da sua capacidade

Se infiltra de medos e de desafios

Fontes, que geram sempre a volta.

Dedicada, tomou rumo à luta

Aborrecida, escapa, vai “doutorando”

Brinca com os dedos, afina a garganta

Soando um canto macio “meu amor”

Ataca da voz um timbre, calmo

Suave, que nem “Copacabana”.

Nesse instante, lembra "Garota de Ipanema"

Impera-lhe, uma alegria contagiante

Estampa-lhe um riso de felicidade

E um olhar radiante, quase completo

Deixa-me ali, sentado... inefável

Lembrando a menina de Fortaleza

E do espaçoso "luar do sertão"...

Sonha os sonhos do sertão

E seus segredos e mistérios

São confusos... contínuos

E invadem minha cabeça.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 09/03/2014
Código do texto: T4721402
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