Sonha os sonhos do sertão.
Menina, luar do sertão
Sempre a procura de novo espaço...
Mas, como aqui é sua terra
A sua luta é a volta ao começo
Ao recomeço, ao amor saudoso no tempo.
Sonha os sonhos do sertão
Não esquece seus “amores”
Guardados como jóias raras
Insula nos pensamentos... no coração.
E o presente, puro passa tempo: distração.
E seus segredos e mistérios
São confusos... contínuos
E invadem minha cabeça.
Pensa como gente grande
Dar a volta por cima
Assume, de maneira disfarçada
E quando menos se espera
Já está dentro, enclausurada.
É complicada nos seus sonhos
Porém, armazenada com pensamentos esticados
Não se dar conta da sua capacidade
Se infiltra de medos e de desafios
Fontes, que geram sempre a volta.
Dedicada, tomou rumo à luta
Aborrecida, escapa, vai “doutorando”
Brinca com os dedos, afina a garganta
Soando um canto macio “meu amor”
Ataca da voz um timbre, calmo
Suave, que nem “Copacabana”.
Nesse instante, lembra "Garota de Ipanema"
Impera-lhe, uma alegria contagiante
Estampa-lhe um riso de felicidade
E um olhar radiante, quase completo
Deixa-me ali, sentado... inefável
Lembrando a menina de Fortaleza
E do espaçoso "luar do sertão"...
Sonha os sonhos do sertão
E seus segredos e mistérios
São confusos... contínuos
E invadem minha cabeça.