Minha Morte.
*Querer*
Não quero o purgatório,
O inferno também neca,
Eu quero o Paraíso,
Morar junto com a Zeca.
*Descontração*
Não quero ser cadáver bonito,
Nem defunto notório,
Nem ambiente de festa,
E tão pouco de velório,
*Sinceridade*
Não quero choro,
Um pouco de alegria,
Mas por favor peço,
Nenhuma hipocrisia.
*Fidelidade*
Não digam que fui bom,
Que fino,fiel e decente,
Digam apenas que o Lalá,
Esforçou-se para ser gente.
Zeca era o apelido de minha filha de 10 anos morta num acidente em 1972.
Lair Estanislau Alves.