LOUCO DEVANEIO
Quando a névoa não se dissipa
e a noite se torna mais escura do que deveria ser,
onde o vento frio sussurra o nome dela através das horas
e o tempo pára, o desatino chega... não... não me conheço mais...
já não sou mais o mesmo homem de ontem...
Já não consigo ver com clareza,
acordo no meio da madrugada
e tudo que eu mais queria era ter minha adorada
ao meu lado, não apenas em pensamento,
mas em realidade...
Andando pelas ruas procuro-a por toda parte
na esperança de vê-la... ao menos vê-la,
Já que não sai de minha mente,
fixada que está como num filme eterno
que nunca pára de repetir as mesmas cenas.
Tento saber o que fazer quando estou realmente perto dela,
mas temo que seja utopia alcançá-la para dizer-lhe o que sinto
e ao mesmo tempo me vejo tomado de esperança
de que ainda possa ser real a possibilidade
do que para mim parece ser apenas um louco devaneio.
Mas tudo que me resta é deixar o tempo ditar as regras,
até mesmo pelo fato de não querer
forçar a barra com algo tão incógnito e tão misterioso
quanto os sentimentos de uma mulher.
ROBERTO CARLOS BRAZ DO NASCIMENTO
(ROBERTO BRAZA)
11/08/2010