Inconstante

Redemoinho de cobiças e ansiedades

Percorrendo o vale da indecisão

Insensata lucidez, covarde sensação

De liberdade acorrentada, assistida, vigiada

Prisioneira dos próprios desejos voláteis

Um dia amor, um dia ódio

Sem escrúpulos se entrega a insegurança

Se corrompe em desespero, mas ama suas dúvidas

Um dia sol, um dia chuva, de manhã é dia

De noite é lua

Nua, crua e sem remorsos,

Pura amante dos seus sonhos

Um olhar de delírios, beijos de foice

Inconstantes feitiços da dama da noite

Oitavo Anjo do Apocalipse
Enviado por Oitavo Anjo do Apocalipse em 06/03/2014
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