No espaço entreaberto dos lábios
chegam-me ventos nortes em brasas,
chovendo poemas-rubis
onde antes jaziam cores desbotadas
Eclodem-me andorinhas em revoadas
despojando o carmim, soltando as amarras,
escalando-me pena... corpo... asas...
Ondulam a derme nesse querer-te,
eternizam-se nas estrelas d'alma,
quando te recito nas minhas vagas;
quando te detalho na minha íris apaixonada...
eternizam-se nas estrelas d'alma,
quando te recito nas minhas vagas;
quando te detalho na minha íris apaixonada...
( ... Soubesses o quanto resistes
para além dos vendavais
que tanto sopraram nossos alicerces,
ver-te-ias dentro dos meus olhos
mesmo fechados em prece... )
para além dos vendavais
que tanto sopraram nossos alicerces,
ver-te-ias dentro dos meus olhos
mesmo fechados em prece... )
Posto que no espaço entreaberto dos lábios,
toda tintura rubra dos meus desejos
valsa liquida e alucinada
no domínio dos teus viciantes beijos.
Denise Matos