Confluência

Quero encostar a minha testa na tua

Pairar no olhar

Ver este rio que te habita

Dentro da retina

Afogar na lágrima contida

Esquecida há tempos

Nunca revelada

Quero que o meu choro

Seja o seu

E o seu seja o meu

Em meio aos planctons

Peixes e crocodilos.

Rios atravessados

Seus olhos, meus olhos

Mesclar nossas correntezas

A caminho do mar.