A Cura II
A cura
Meu coração estava doente
À morte fora condenado.
Um mal tão a mim inerente
Que jamais poderia ser extirpado.
Nenhum tratamento me salvaria
Medicação não surtia efeito.
Levaria-me à morte uma cirurgia
Para arrancar este mal do meu peito.
Um nódulo que crescia a cada minuto
Se espalhava mais rápido que um câncer
A padecer eternamente estava resoluto
Este meu coração logo ia perecer.
Mas um poderoso especialista surgiu
Era quase impossível acreditar
O seu toque tranquilizou o coração arredio
E sua presença me foi salutar.
Sem sequer fazer um exame
Aquela doença ele percebeu
Arrancou de mim o medo infame
E o coração de esperança encheu.
Sem remédios nem mesmo anestesia
Sem bisturi, sem um corte sequer
Este especialista salvou-me a vida
Todo mal ele fez desaparecer.
Onde ele tocou não ficou cicatriz
Tamanha foi a obra que nem sequela sobrou.
O nome deste especialista? Não digo,
Mas seu tratamento? O Amor!
O coração volta à bater tranquilamente
Tem vida agora para dar e vender
Respira aliviado, corpo, alma, espírito e mente
Por tão esplêndida criatura ter vindo a conhecer.