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Pintura de Carlos V. Pinto
Escrever-te
É pintar um quadro mental
Transcrevendo o pensamento
E sentimento do âmago
Vestindo-o do seu tudo de bom...
Poetizar-te é o fazer
N'alma a entrega total...
Pendurando-a
No varal do existir,
Na espera contida...
Modificando a forma de agir
E de prosseguir...
Ler-te é sentir a alma velejar
No barquinho da emoção
Que transborda em mim...
No momento-intenso
Em letras garrafais
Mais despido da vida...
Num'escrever-te,
Ler-te e sorver-te
Na poesia dos meus(teus)dias
Mesclando o segredo de sentimentos
Que transbordam...
Pelas mãos o que há em meu coração...
Na hora mais despida da mente,
Um sentir aguçado...
Um sonhar molhado no perfume
Laudanizado pelo desejo
Do escrever-te
Sorvendo-te...
Inebriando-me
Em tuas letras debruçadas
No firmamento do céu da tua boca,
E fazendo-me sorriso de alegria
Invadindo todo o meu(teu) ser
Nas mãos molhadas
Pela saudade deixada
Pelas tuas mãos amantes
Em meu corpo ardente
No mural de nossos olhos,
Que cobiça o prazer do ter
E do querer-te-com-prazer.
N'um grito silenciado
Do coração das mãos
Onde impera a timidez,
No apogeu do deveras sentir,
Um coração desaguado na pia sacra
Do divino segredo-sagrado sem medo...
N'um poetar dum deus-ternurento
Sem profanar o momento-intenso
Do desejo de servir-te...
Na boca das mãos
A enseada poética do coração
Que transborda de emoção,
Amar em segredo é como ouvir
A harpa tocar,
Com o ouvido nas mãos
Ao som do silencio...
Da tua pena d'ouro
Nas cascatas douradas
Que meu ventre nu espera
Liquefazendo no afã do desejo
Do calor de tuas mãos
No dedilhar da emoção
Que me deixa sem ar
Na paisagem-humana mais linda
Que és tu conjugado
No amar em poesia.
Pintura de Carlos V. Pinto
Escrever-te
É pintar um quadro mental
Transcrevendo o pensamento
E sentimento do âmago
Vestindo-o do seu tudo de bom...
Poetizar-te é o fazer
N'alma a entrega total...
Pendurando-a
No varal do existir,
Na espera contida...
Modificando a forma de agir
E de prosseguir...
Ler-te é sentir a alma velejar
No barquinho da emoção
Que transborda em mim...
No momento-intenso
Em letras garrafais
Mais despido da vida...
Num'escrever-te,
Ler-te e sorver-te
Na poesia dos meus(teus)dias
Mesclando o segredo de sentimentos
Que transbordam...
Pelas mãos o que há em meu coração...
Na hora mais despida da mente,
Um sentir aguçado...
Um sonhar molhado no perfume
Laudanizado pelo desejo
Do escrever-te
Sorvendo-te...
Inebriando-me
Em tuas letras debruçadas
No firmamento do céu da tua boca,
E fazendo-me sorriso de alegria
Invadindo todo o meu(teu) ser
Nas mãos molhadas
Pela saudade deixada
Pelas tuas mãos amantes
Em meu corpo ardente
No mural de nossos olhos,
Que cobiça o prazer do ter
E do querer-te-com-prazer.
N'um grito silenciado
Do coração das mãos
Onde impera a timidez,
No apogeu do deveras sentir,
Um coração desaguado na pia sacra
Do divino segredo-sagrado sem medo...
N'um poetar dum deus-ternurento
Sem profanar o momento-intenso
Do desejo de servir-te...
Na boca das mãos
A enseada poética do coração
Que transborda de emoção,
Amar em segredo é como ouvir
A harpa tocar,
Com o ouvido nas mãos
Ao som do silencio...
Da tua pena d'ouro
Nas cascatas douradas
Que meu ventre nu espera
Liquefazendo no afã do desejo
Do calor de tuas mãos
No dedilhar da emoção
Que me deixa sem ar
Na paisagem-humana mais linda
Que és tu conjugado
No amar em poesia.