Novelos de Amor
À hora da magia,
Ou a magia da hora?
Pouco importa, pois o sol já adormeceu
E a lua se faz enamorada dos arcanjos
Pelas nuvens, pelo olhar em silêncio
Divagando pelo seu enredo singular,
Em alto e belíssimo tom!
Entre os vitrais em florais
Uma janela se abre ao som da luz,
Emanando dos céus, da bruma
Cobrindo a vegetação e trazendo
Para dentro todo perfume do dançar!
Enquanto os pífaros fazem-se segunda voz
Por violas e violinos, o corpo se deixa
Desnudar, refletir à flor da pele em versos,
Versos que devaneiam por si, confessam-se
Em fantasias imortais, etéreas como o amor!
Surreais feito águas vivas no grande aquário,
É o tule velando o leito, o corpo em alentos,
A nostalgia dos sussurros embriagando o âmago,
O movimento da seda, das falas em romantismo,
Dos novelos entrelaçando-se até o amanhecer!
05/02/2014
Porto Alegre - RS