Vidas

Caminho sozinho.

Fiz esse caminho diversas vezes, sigo seguro e em segurança chego em casa.

Sinto-me imortal na pequenez e amplitude de tudo que eu sou...

Na realidade sempre soube disso.

As vezes o difícil se torna extremamente necessário.

Um blues triste toca uma balada melancólica e linda de amor.

Um amor plenamente completo.

Redundante por si só.

Ter duas almas e mesmo assim um só ser...

Engraçado que sou um pouco de minha mãe e de meu pai, um pouco de tudo que eu vejo e vivo.

Sinto mesmo que posso amar profundamente. Mas esse profundo é tão profundo, que me afundo em pensamentos.

Creio que Deus de já deva dar um tempo.

Preciso fazer o balanço, contar os corpos...

Talvez o romance esteja realmente aqui comigo, esperando sua chance, sua vez.

Tenho um orgulho intrínseco a meu jeito de ser.

Quebrei a rotina e deu certo.

Mas agora, sabia novamente de tudo o que ia acontecer.

E sei claramente que isso é uma mentira deslavada.

O blues continua falando de amor.

Tudo, absolutamente tudo, devemos agradecer.

Pelo menos tentar se esforçar pra entender.

Creio que é melhor dar um tempo.

Esperar que os outros tenham saudades...

Sinto que a missão está se encerrando.

Se eu não tenho um porto seguro, nem uma âncora que seja, não há razão pra ficar.

Essa batalha já está chegando ao seu final...

O importante é que todos saibam:

Eu te amo tanto que quase ninguém consegue realmente sentir esse presságio de vitória, de derrota, um oráculo miraculoso e ambíguo.

No mais me retiro a minha insignificância.

E espero sim , que um dia, sua vida seja minha, que minha vida seja sua, que me perca e assim me ache...