Amor, sublime amor
Escute,
A vida se principia melancolicamente, tão dona de nós, tão cheia de ti…
Me perdi no labirinto do existir pra me encontrar no teu abraço.
Rude é o tempo que se deixou levar, a nos enganar, a nos afastar, tão carente de nós…
E o coração a sorrir feito flores em pleno deserto.
É o deslumbramento do amor, aliciado no peito,
Guardado para entregar-te.
É de uma loucura insana esse encontro marcado de descobertas com o coração em festa, feito raiz que se enrosca e se agiganta…
Modelo o teu corpo com as mãos e a minha garganta seca de tanto te querer, de tanto te sonhar, de tanto te desejar…
Denuncia o meu olhar…
Somos serenos, nos anulamos do mundo além de nós para nos encontrarmos num mundo só nosso.
Sem estranheza, corpo e alma suplicante de um amor desejoso em que o prazer se torna presente e morremos com a alma submersa em um amor sublime!