Ribanceira

Ah, meu coração,

levado pela ribanceira,

na quebradeira da solidão,

desses barrancos do adeus.

E o rios impiedosos,

com suas corredeiras inescrupulosas,

que tantos amores já afogou,

não acena,

não chorou,

simplesmente afundou

e roubou a esperança

de um recomeço.

Ah, meu coração!

O que não vem à tona,

detona da ilusão.

Porque não são as enchentes que te carregam,

mas tu que carregas

olhos cheios de lágrimas e de dor.

O teu amor não mergulhou,

afogou,

e não voltará jamais.

Entenda,

se é que és capaz!

olindo santana
Enviado por olindo santana em 04/03/2014
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